Introdução
Na Copa do Mundo de Clubes, estamos presenciando um encontro inédito de clubes europeus e sul-americanos contra times norte-americanos da MLS.
Nas partidas Botafogo vs Seattle Sounders e Chelsea vs LA FC, algumas questões foram levantadas sobre a postura dos clubes favoritos à vitória. “Será que o Botafogo perdeu o gás no final da partida?” “Essa postura do Chelsea no final deixou a desejar” e “Esperava mais desses times contra os americanos.”
Afinal, mesmo perdendo ou empatando as partidas, os times norte-americanos surpreenderam positivamente, tendo chances claras de gol e chegando a pressionar os adversários.
Neste artigo, vamos analisar as partidas e entender onde o futebol da MLS se encontra na grande vitrine do esporte, além de fazer uma comparação justa com o futebol europeu e sul-americano, entendendo por que esses times conseguiram exercer tanta pressão nas partidas.
A postura dos times Americanos

Durante a primeira rodada da Copa do Mundo de Clubes, os times da MLS, especialmente o LA FC e o Seattle Sounders, surpreenderam positivamente ao pressionar bastante o Chelsea e o Botafogo durante todo o segundo tempo de ambas as partidas.
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Apesar da derrota dos americanos, os jogos foram, até certo ponto, bem competitivos, com chances de gols para os dois lados.
Quem vê a MLS de fora ainda tem muito preconceito, por ser uma liga formada por clubes extremamente novos, com jogadores estrelas em fim de carreira e outros de qualidade questionável.
Era de se esperar que os times americanos fossem sofrer uma goleada, algo parecido com o jogo entre Bayern 10x0 Auckland City, mas não foi o caso.
Os americanos mostraram uma postura competitiva sem nenhum derrotismo e, durante o segundo tempo das partidas, dominaram a posse de bola e colocaram pressão no jogo.
Jogar em casa e calendário menos apertado gera resultados

Os europeus estão no fim de temporada, e os brasileiros estão no meio da temporada, porém em período de férias. Já os americanos, com um calendário menor, têm mais tempo de descanso durante o ano, além de não sofrerem com as longas viagens que os outros times precisaram fazer.
O futebol americano tem um ritmo menos explosivo, com jogadores de menor velocidade do que estamos habituados. A bola não anda tanto e, por consequência, os jogadores também não.
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Tudo isso faz com que as equipes norte-americanas tenham mais energia durante o segundo tempo em comparação aos outros clubes, o que permite que consigam manter a posse de bola, criar mais jogadas, porém falta muita qualidade.
O dinheiro não compra qualidade?

Os Estados Unidos são, sem dúvida, um país com estrutura e capacidade para manter, treinar e evoluir uma liga de futebol profissional. Porém, até que ponto o dinheiro consegue comprar o talento e a tradição que os clubes europeus e sul-americanos construíram ao longo dos anos?
A resposta é que “não consegue”: ainda falta muita qualidade nos jogadores dos clubes americanos, exceto Messi, Luis Suárez, Giroud e companhia. Se a bola não passa por esses jogadores, dificilmente os clubes conseguem criar ou até finalizar jogadas. Os americanos têm uma grande deficiência em marcar gols — o único gol marcado até agora surgiu de um acidente, um desvio no zagueiro do Botafogo que enganou o goleiro.
Apesar de estrutura melhor que a de muitos clubes brasileiros, investimentos milionários e clubes entre os mais ricos do mundo, a MLS sofre por estar em um país que não tem a cultura do futebol.
A malícia, a experiência e todo o conhecimento absorvido pelo convívio diário com o esporte não existem nessa liga, e precisam ser importados ou copiados.
Isso gera um futebol artificial, que embora seja muito bem treinado, com fundamentos e vontade, não traz resultado, apesar de incomodar bastante os adversários.
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A MLS pode competir com os gigantes do futebol e se tornar uma liga de respeito?

Ainda é cedo para afirmar isso, mas, como mencionamos, os Estados Unidos têm capacidade para fazer a liga crescer. Por enquanto, é difícil dizer que a MLS se tornará um lugar de elite do futebol mundial. No entanto, com a devida importância, investimento e tempo, pode ser a liga que mais cresce no mundo.
Daqui a 5 ou 10 anos, podemos ter outra conversa e enxergar a liga de outra forma, porém agora ainda falta bastante.
Resumo
Resumindo, os americanos têm tudo para dar certo: são esforçados, bem treinados e têm bom condicionamento físico. Estão em um país com muito dinheiro e crescente interesse no futebol, porém falta muita qualidade, experiência e aquela malícia para que as equipes americanas passem a competir de igual para igual com o resto do mundo.
Conclusão
Se você leu até aqui, muito obrigado! Espero que tenha se divertido e gostado do conteúdo.
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