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5 Acidentes Mais Tristes da História do Futebol

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Veja abaixo os 5 acidentes mais tristes da história do futebol e o que ocorreu com detalhes.

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O futebol, mais do que um esporte, é uma paixão que une pessoas de todas as partes do mundo. No entanto, ao longo da história, essa relação de amor também foi marcada por episódios trágicos que deixaram feridas profundas em jogadores, torcedores e nações inteiras.

Desde acidentes fatais e desastres aéreos até negligências e descasos que custaram vidas, essas histórias não apenas entristeceram o mundo, mas serviram também como importantes lições. Elas nos lembram da responsabilidade ética e prática que envolve o futebol, envolvendo segurança, dignidade e a valorização da vida acima de qualquer competição.

Neste artigo, revisitamos algumas das tragédias mais marcantes da história do futebol, destacando suas causas, consequências e o legado que deixaram.

5 - Ninho do Urubu (Flamengo)

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Tragédia do Ninho do Urubu: O Incêndio que Calou o Futebol Brasileiro.

No dia 8 de fevereiro de 2019, o Brasil acordou com uma notícia devastadora: um incêndio destruiu parte do Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, localizado em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O fogo atingiu um alojamento onde dormiam jogadores das categorias de base do clube. O saldo foi de 10 jovens mortos, com idades entre 14 e 16 anos, e 3 feridos.

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A tragédia provocou comoção nacional e expôs fragilidades graves na estrutura e segurança de centros de treinamento no futebol brasileiro.

Quem eram as vítimas?

Os dez jovens que perderam a vida eram atletas das categorias de base do Flamengo, com sonhos de se tornarem jogadores profissionais. Todos estavam dormindo quando o incêndio começou, por volta das 5h da manhã.

Os 10 jovens mortos:

Arthur Vinícius (14) – zagueiro, nascido em Volta Redonda.

Athila Paixão (14) – atacante, de Lagarto (SE).

Bernardo Pisetta (14) – goleiro, de Santa Catarina.

Christian Esmério (15) – goleiro, uma das maiores promessas da base.

Gedson Santos (14) – volante, da Bahia.

Jorge Eduardo (15) – atacante, do Rio de Janeiro.

Pablo Henrique (14) – zagueiro, primo do zagueiro Werley (ex Vasco da Gama).

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Rykelmo de Souza Viana (16) – conhecido como Bolota, do Paraná.

Samuel Thomas Rosa (15) – zagueiro.

Vitor Isaías (15) – atacante, natural de Florianópolis.

Esses jovens representavam o futuro não apenas do Flamengo, mas também do futebol brasileiro.

Como aconteceu o incêndio?

O fogo começou em um dos alojamentos provisórios, formados por containers adaptados para receber os atletas da base. A principal causa apontada pelas investigações foi um curto-circuito no sistema de ar-condicionado.

Fatores agravantes:

- Ausência de alarme de incêndio;

- Ausência de extintores ou sprinklers nos quartos;

- Portas trancadas com grades, o que dificultou a saída dos jovens.

O alojamento improvisado havia sido notificado pela Prefeitura por irregularidades e estava com licença vencida.

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Reações e comoção nacional:

A tragédia abalou profundamente o Brasil e o mundo do futebol. Clubes de todo o país prestaram homenagens. Torcedores, atletas, ex-jogadores e dirigentes manifestaram solidariedade às famílias.

O Flamengo decretou luto oficial e adiou sua partida no Campeonato Carioca.

Até mesmo rivais históricos, como Vasco, Fluminense e Botafogo, se uniram em gestos de respeito. A dor ultrapassou qualquer rivalidade.

Consequências e investigações:

Após o incêndio, começaram críticas severas sobre a gestão do CT e as condições de alojamento dos jovens atletas. Investigações revelaram que:

- O clube não tinha alvará para usar os contêineres como espaço residencial;

- As condições de segurança eram precárias;

- Laudos técnicos anteriores já alertavam para riscos.

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O Ministério Público e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro denunciaram o clube. Após meses de negociação, o Flamengo firmou acordos de indenização com a maioria das famílias — embora algumas ainda sigam em disputas judiciais até hoje.

Homenagens às vítimas:

Desde o incidente, o Flamengo realizou diversas homenagens:

- Camisas estampando os nomes dos jovens;

- Minutos de silêncio antes das partidas;

- Um ato simbólico e religioso a cada 8 de fevereiro no Ninho do Urubu.

Além disso, torcedores criaram músicas, bandeiras e grafites em memória das chamadas “10 joias”.

Como ficaram as indenizações?

Situação geral (até 2025):

Das 10 famílias das vítimas fatais, 8 chegaram a acordos extrajudiciais com o Flamengo. Já as famílias de Christian Esmério e Jorge Eduardo ainda buscam valores maiores na Justiça.

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Os sobreviventes e suas famílias também fizeram acordos financeiros com o clube.

Há ações judiciais adicionais movidas por ex-dirigentes, órgãos públicos e o Ministério Público.

Valores dos acordos (estimativas):

Embora o clube não tenha divulgado oficialmente os valores devido a cláusulas de sigilo, acredita-se que:

- As indenizações variaram entre R$ 1,2 milhão e R$ 2 milhões por família;

- Algumas famílias receberam pensões mensais até os 45 anos do jovem falecido;

- Famílias com negociações mais longas ou processos judiciais conseguiram valores mais elevados.

Os sobreviventes, como Jhonata Ventura, que sofreu queimaduras graves, também receberam valores significativos para custear tratamentos médicos contínuos.

Famílias que recusaram acordos:

As famílias de Christian Esmério e Jorge Eduardo rejeitaram as ofertas do Flamengo, alegando:

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- Que os valores oferecidos não eram compatíveis com o potencial futuro dos jovens;

- Que o clube demonstrou resistência em reconhecer plenamente sua responsabilidade.

Envolvimento do Ministério Público e da Justiça:

O Ministério Público do Rio de Janeiro propôs acordos coletivos com valores mínimos, mas o Flamengo resistiu inicialmente. A Defensoria Pública trabalhou para apoiar famílias sem representação jurídica privada.

A pressão pública e midiática também motivou o clube a tratar o caso com maior atenção.

Críticas ao Flamengo:

Mesmo cumprindo parte das indenizações, o Flamengo foi criticado pela postura fria e técnica nas negociações.

Exemplos de críticas:

- O presidente Rodolfo Landim foi acusado de falta de empatia;

- O clube demorou para resolver os casos, o que foi interpretado como uma estratégia para desgastar as famílias;

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- Advogados criminalistas foram contratados pelo clube, o que causou indignação.

A tragédia do Ninho do Urubu abriu um debate importante sobre:

- A segurança em centros de treinamento no Brasil;

- O cuidado com jovens atletas que, muitas vezes, vivem longe de suas famílias e em estruturas precárias;

- A responsabilidade dos clubes em garantir dignidade e segurança no alojamento oferecido.

A dor das famílias jamais será esquecida. A perda de 10 jovens cheios de sonhos escancarou as fragilidades estruturais e a negligência que ainda persistem no futebol brasileiro.

Este caso deve continuar sendo um alerta para que a busca por talentos jamais seja maior que a proteção à vida.

“Não era para ser notícia. Era para ser história.”

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4 - Manchester United (Inglaterra)

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Tragédia de Munique: O Acidente que Quase Acabou com o Manchester United.

No dia 6 de fevereiro de 1958, o mundo do futebol ficou em choque com o trágico acidente aéreo em Munique, na Alemanha, que vitimou jogadores, membros da comissão técnica, jornalistas e tripulantes do voo que levava o time do Manchester United de volta à Inglaterra.

O desastre matou 23 pessoas, incluindo 8 jogadores da equipe conhecida como os “Busby Babes” — um grupo jovem, talentoso e promissor comandado pelo lendário técnico Matt Busby.

Foi uma tragédia que quase destruiu um dos maiores clubes do mundo, mas também marcou o início de uma das histórias de superação mais poderosas do esporte.

O que aconteceu em Munique?

O Manchester United voltava de Belgrado, na antiga Iugoslávia (atual Sérvia), onde havia garantido vaga nas semifinais da Copa dos Campeões da Europa (atual Champions League), após empatar com o Estrela Vermelha.

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A viagem exigia uma escala em Munique, na Alemanha Ocidental, para reabastecimento. No aeroporto de Riem, o avião Airspeed Ambassador tentou decolar três vezes em meio a uma forte nevasca.

Na terceira tentativa, a aeronave não conseguiu atingir altitude suficiente, saiu da pista e colidiu com uma cerca e uma casa desocupada. O impacto foi devastador.

Quem perdeu a vida?

Ao todo, 23 pessoas morreram, entre elas:

- 8 jogadores do Manchester United;

- 3 membros da comissão técnica;

- 8 jornalistas esportivos, incluindo Frank Swift (ex-goleiro da seleção inglesa);

- Tripulantes e funcionários do clube.

Entre os jogadores que faleceram estavam Duncan Edwards (considerado um dos maiores talentos da Inglaterra), Roger Byrne, Tommy Taylor e David Pegg.

O técnico Matt Busby ficou gravemente ferido e chegou a receber a extrema-unção, mas sobreviveu milagrosamente.

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Antes do acidente, o Manchester United vivia um momento mágico. Os “Busby Babes” eram jovens jogadores promovidos da base e estavam revolucionando o futebol inglês:

- Haviam conquistado dois títulos consecutivos da liga inglesa;

- Eram favoritos na Copa dos Campeões;

- Jogavam um futebol ofensivo e inovador.

A tragédia interrompeu um projeto que parecia destinado à glória mundial.

A reconstrução do clube:

Apesar da tragédia, o Manchester United escolheu continuar a temporada. Enquanto Matt Busby se recuperava, o assistente técnico Jimmy Murphy assumiu o comando.

Com jovens da base, veteranos que retornaram e jogadores emprestados, o time alcançou a final da Copa da Inglaterra, onde perdeu para o Bolton.

A redenção veio 10 anos depois, em 1968, quando o clube conquistou a Liga dos Campeões da Europa com Matt Busby no comando e Bobby Charlton — sobrevivente de Munique — como capitão.

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Causas do acidente:

As investigações apontaram como principais fatores:

- Acúmulo de “slush” (neve derretida) na pista de decolagem;

- Perda de velocidade devido às condições climáticas adversas;

- Erro de avaliação no momento da decolagem.

Importante: inicialmente cogitou-se falha mecânica ou sobrecarga, mas essas hipóteses foram descartadas.

A tragédia de Munique se tornou parte da identidade do Manchester United.

- Um relógio no estádio Old Trafford marca o horário do acidente: “3:04 PM – 6 February 1958”;

- Cerimônias e homenagens são realizadas anualmente pelo clube;

- Os torcedores apelidaram os jogadores mortos de “The Flowers of Manchester” (As Flores de Manchester).

A tragédia de Munique foi mais do que uma perda esportiva — foi uma ferida profunda no coração do futebol. No entanto, também foi o nascimento de uma história de superação, lealdade e reconstrução.

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O Manchester United não apenas sobreviveu, mas renasceu, carregando o nome dos jovens talentos em cada conquista.

“We’ll never die!” ("Nós nunca morreremos!")

3 - Alianza Lima (Peru)

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No dia 8 de dezembro de 1987, o futebol peruano sofreu sua maior tragédia. O avião da Marinha do Peru, que transportava o time do Alianza Lima, caiu no Oceano Pacífico, a poucos quilômetros de Lima.

Havia 43 pessoas a bordo, incluindo jogadores, comissão técnica, dirigentes e tripulantes. Apenas um sobrevivente foi resgatado com vida. O impacto emocional e esportivo foi imenso, afetando não apenas o clube, mas toda a nação peruana.

O que aconteceu no voo do Alianza Lima?

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A equipe retornava de um jogo em Pucallpa, onde venceu o Deportivo Pucallpa por 1 a 0 pelo Campeonato Peruano. A aeronave militar Fokker F-27, operada pela Marinha, apresentou problemas:

- O trem de pouso não respondeu corretamente;

- O piloto relatou falhas técnicas e tentou retornar ao aeroporto;

- Devido à baixa visibilidade e dificuldade de navegação, o avião caiu no Oceano Pacífico a poucos quilômetros do Aeroporto Internacional Jorge Chávez.

Quem sobreviveu e quem foram as vítimas?

Apenas Edilberto Villar, o co-piloto do avião, sobreviveu ao acidente, nadando até a Costa. Nenhum jogador ou membro da comissão técnica escapou com vida, e muitas famílias perderam mais de um parente de uma vez.

Entre os mortos estavam 16 jogadores profissionais, além de membros da comissão técnica, dirigentes e massagistas. Muitos deles eram jovens promessas, cotados para integrar a seleção peruana na década seguinte.

A dor foi agravada pelo fato de o Alianza Lima liderar o campeonato na época, com grandes chances de se tornar campeão.

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O impacto nacional:

A tragédia abalou profundamente o Peru. A população mergulhou em luto, e o futebol parou por completo. O Alianza Lima, um dos clubes mais tradicionais do país, perdeu quase todo o seu elenco principal, gerando uma comoção que ultrapassou o esporte.

Diversos clubes sul-americanos ofereceram ajuda. Um dos gestos mais emblemáticos veio do Colo-Colo (Chile), que emprestou jogadores para que o Alianza pudesse completar a temporada. Esse gesto criou uma amizade eterna entre os dois clubes.

Causas do acidente:

As investigações apontaram falhas graves como:

- Problemas no trem de pouso;

- Erro humano durante os procedimentos de emergência;

- Falta de equipamentos modernos e radares no aeroporto de Lima;

- Manutenção inadequada da aeronave militar Fokker F-27, operada pela Marinha peruana.

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A falta de transparência das autoridades gerou revolta entre as famílias das vítimas e alimentou teorias e suspeitas sobre o ocorrido.

A reconstrução da equipe:

Com poucos recursos, o Alianza Lima precisou reconstruir seu time de maneira emergencial:

- Promoveu jovens da base ao time principal;

- Recebeu jogadores emprestados do Colo-Colo;

- Recrutou ex-jogadores que saíram da aposentadoria para ajudar o clube.

Apesar das dificuldades, o clube conseguiu manter-se na elite do futebol peruano e gradativamente voltou a ser competitivo.

A tragédia de 1987 tornou-se um marco na história do Alianza Lima. Anualmente, no dia 8 de dezembro, o clube realiza homenagens às vítimas:

- Missas e cerimônias religiosas;

- Minutos de silêncio antes das partidas;

- Camisas especiais e outros tributos.

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Os nomes das vítimas estão eternizados na memória do clube. Elas são lembradas como guerreiros que partiram cedo demais, mas deixaram um legado que transcende o esporte.

Mesmo com as cicatrizes, o Alianza Lima conseguiu reerguer-se, mantendo o espírito resiliente e agregando ainda mais significado ao amor de seus torcedores pelo clube.

“Alianza Lima, sempre em nossos corações. Aqueles que se foram hoje jogam entre as estrelas.”

2 - Tragédia de Hillsborough

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No dia 15 de abril de 1989, o mundo do futebol testemunhou uma de suas maiores tragédias. O desastre de Hillsborough, ocorrido em Sheffield, Inglaterra, durante a semifinal da FA Cup entre Liverpool e Nottingham Forest, resultou na morte de 97 torcedores do Liverpool.

O que deveria ser um grande evento esportivo transformou-se em um cenário caótico, marcado pela negligência e más decisões que custaram vidas inocentes.

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Como a tragédia de Hillsborough aconteceu?

A superlotação do setor Leppings Lane, reservado aos torcedores do Liverpool, foi a raiz do problema. Na tentativa de aliviar as aglomerações do lado de fora do estádio, a polícia abriu um portão de entrada, permitindo a entrada descontrolada de centenas de pessoas em um espaço já lotado.

Torcedores foram comprimidos contra as grades metálicas que separavam a arquibancada do campo. Sem rotas de fuga, muitos foram esmagados. A tragédia aconteceu diante das câmeras e foi transmitida ao vivo, chocando o mundo.

As vítimas:

A tragédia deixou 96 mortos no local e centenas de feridos. Anos depois, uma das vítimas que ficou em coma veio a falecer, elevando o total de mortes a 97.

A maioria das vítimas eram jovens torcedores do Liverpool, incluindo crianças. A falta de resposta rápida por parte dos serviços médicos agravou ainda mais as consequências.

Inicialmente, tanto a polícia quanto a imprensa culparam os próprios torcedores. Manchetes sensacionalistas sugeriram que os fãs estavam embriagados e foram culpados pela superlotação. O tabloide The Sun foi amplamente criticado pelas acusações falsas.

Posteriormente, o relatório Taylor (1990) concluiu que a culpa principal era da Polícia de South Yorkshire, que falhou em gerenciar a situação e garantir a segurança.

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Justiça para os 97:

As famílias das vítimas lutaram por décadas para limpar os nomes dos mortos e buscar justiça. Em 2012, novas investigações revelaram que:

- A polícia manipulou provas;

- O sistema de emergência falhou gravemente;

- Os torcedores não tiveram nenhuma culpa.

Em 2016, um júri determinou que os 97 torcedores foram “ilegalmente mortos”. No entanto, nenhum comandante policial foi efetivamente punido, o que gerou frustração entre as famílias.

O legado de Hillsborough:

O desastre resultou em mudanças significativas no futebol inglês:

- Estádios foram modernizados, sendo obrigados a ter assentos individuais (modelo all-seater);

- Protocolos de segurança foram reformulados;

- O episódio se tornou um símbolo de resistência contra a negligência institucional.

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Hillsborough não é apenas uma lembrança triste, mas um grito eterno para que tragédias assim nunca mais se repitam. No coração dos torcedores do Liverpool, os 97 jamais serão esquecidos. O clube realiza homenagens anuais, garantindo que suas memórias permaneçam vivas.

“You’ll Never Walk Alone – 97. Nunca Esqueceremos.”

1 - Chapecoense 2016

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Na noite de 28 de novembro de 2016, o futebol mundial enfrentou um de seus dias mais trágicos. O avião que transportava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu minutos antes do pouso.

Do total de 77 pessoas a bordo, 71 perderam a vida. Apenas 6 sobreviveram. A dor foi imensa, mas a solidariedade de clubes, torcedores e nações mostrou que o futebol é uma grande família.

A Chapecoense vinha de uma campanha incrível, desafiando gigantes do continente, como Independiente e San Lorenzo, para alcançar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, de Medellín.

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A viagem representava mais do que um jogo: era a realização de um sonho coletivo.

Como foi o acidente da Chapecoense?

O voo da LaMia 2933 partiu de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e enfrentou problemas graves:

- O piloto não levou combustível suficiente para realizar o trajeto com segurança;

- O avião ficou sem combustível momentos antes do pouso;

- Sem energia, a aeronave caiu em uma área montanhosa próxima a Medellín.

Sobreviventes:

Entre os 6 sobreviventes estavam:

- Alan Ruschel (lateral);

- Jakson Follmann (goleiro, que teve uma perna amputada);

- Neto (zagueiro, resgatado horas depois);

- Rafael Henzel (jornalista, que faleceu em 2019);

- Dois tripulantes bolivianos.

Comoção global:

A tragédia comoveu o mundo:

- Diversos clubes prestaram homenagens;

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- O Atlético Nacional solicitou que o título da competição fosse entregue à Chapecoense;

- Estádios fizeram minutos de silêncio em todo o planeta.

A solidariedade e os gestos de apoio rapidamente viraram exemplos de união no esporte.

Causas e consequências:

As investigações apontaram que...

- A LaMia, empresa responsável pelo voo, operava com sérias irregularidades;

- O piloto descumpriu protocolos de segurança ao não carregar combustível reserva suficiente, essencial para voos internacionais;

- A manutenção da aeronave apresentava deficiências graves;

- Autoridades bolivianas foram negligentes ao aprovar o plano de voo.

Após a tragédia, a LaMia foi banida, e vários de seus responsáveis enfrentaram sanções legais. Entretanto, o descaso com a segurança aérea em regiões menos favorecidas da América do Sul se tornou um alerta global.

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A reconstrução da Chapecoense:

A Chapecoense enfrentou o desafio de se reconstruir enquanto vivia o luto. O clube recebeu apoio de diversas formas:

- Clubes de todo o Brasil ofereceram jogadores por empréstimo gratuitamente;

- Alguns atletas veteranos se ofereceram para jogar sem custo;

- A torcida permaneceu firme, apoiando a reconstrução do time e mantendo a memória viva.

Apesar das dificuldades, o clube renasceu:

- Conquistou o Campeonato Catarinense;

- Garantiu sua volta à Série B e, posteriormente, à Série A do Campeonato Brasileiro;

- Disputou novamente torneios internacionais, como a Libertadores.

Homenagens ao redor do mundo:

A tragédia da Chapecoense gerou comoção internacional:

- No dia seguinte ao acidente, mais de 40 mil torcedores do Atlético Nacional lotaram o Estádio Atanasio Girardot, em Medellín, para prestar uma emocionante homenagem à Chapecoense com cantos, velas e mensagens de solidariedade;

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- Memorials foram criados no Brasil e na Colômbia, eternizando os nomes dos que partiram;

- Documentários como “Para Sempre Chape” foram produzidos para homenagear o legado do time.

O acidente da Chapecoense não foi apenas uma tragédia esportiva, mas uma demonstração de como a negligência e o despreparo podem custar vidas. Ao mesmo tempo, a resposta unificada da comunidade do futebol e de milhões de pessoas ao redor do mundo mostrou que, mesmo na dor, a solidariedade pode emergir como um símbolo de esperança.

A Chapecoense reerguida carrega consigo a memória dos que se foram e o orgulho de representar um clube que nunca foi abandonado por sua torcida e pela comunidade internacional.

“Vamos, vamos, Chape! Não te abandonamos nunca.”